quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Supergirl, por José Garcia López

É um pássaro? Não.
É um avião? Sim! E que avião!

Supergirl, para o alto e avante
Kal-El pensava que era o último sobrevivente do planeta Krypton até que uma espaçonave caiu na Terra com sua prima, Kara Zor-El. Diferente de Kal, ela chegou ao nosso planeta pré-adolescente, após sobreviver em um pedaço do planeta Krypton com sua família, mais precisamente a cidade de Argo, que era protegida por uma redoma. Após uma chuva de meteoros quebrar a redoma e permitir uma contaminação da população por kriptonita, seu pai, Zor-El, a enviou para a Terra em um foguete similar ao que seu irmão, Jor-El, usou para salvar o filho. 

Luz na passarela, que lá vem a Supergirl!

Na mitologia original do Superman, Clark Kent perdeu os pais antes de sair de Smallville para conseguir um emprego de repórter no Planeta Diário em Metrópolis. Por isso, quando sua prima apareceu, ele a levou para um orfanato, onde ela morou por algum tempo e onde assumiu a identidade de Linda Lee. Kara era loira, mas no orfanato ela usava uma peruca com cabelos castanhos. Assim ninguém perceberia que a órfã era a Supergirl (porque as pessoas só prestam atenção aos cabelos, claro).

Isso é um trabalho para a Supergirl!
A Supergirl original surgiu nas páginas da revista Action Comics #252, de maio de 1959, criada pelo roteirista Oto Binder e pelo desenhista Al Plastino. Ela era parte da estratégia da Warner Bros de reservar todas as marcas possíveis relacionadas ao Superman. Assim surgiram o Superdog (Krypto, que até ganhou sua própria animação), Supercat, Superhorse e Supermonkey, além da versão adolescente do Superman, o Superboy.

Supergirl, a heroína de dois séculos

Supergirl viveu muitas aventuras no futuro, como membro da Legião dos Super-Heróis, uma organização que nasceu no século XXX inspirada pelo Superboy. Kara enamorou-se do cérebro da equipe, Brainiac V, um coluano que não tinha poderes, apenas um campo de força e sua inteligência fora do comum. Supergirl chegou a enfrentar Darkseid no século XXX, durante a Saga das Trevas Eternas, ao lado de seu primo Kal-El.

Supergirl no seu figurino imediatamente antes da Crise, em vários ângulos
O uniforme da Supergirl sofreu mudanças ao longo dos anos de acordo com a moda e os costumes. Inicialmente ela usava um S grande no peito, como seu primo. Mas durante um período no início dos anos 80, que inclui a batalha contra Darkseid no século XXX, Kara usou uma camiseta com um S pequeno do lado esquerdo do peito com um decote em V. Nesse período a mini saia deu lugar a um calção. A adolescente já havia se tornado uma mulher nessa época.

Uma briga de primos: Supergirl quebra troféus de Kal-El na Fortaleza da Solidão
Kara voltou a usar mini saia (mais curta ainda) e colocou uma faixa vermelha na cabeça, antes de embarcar com todos os heróis e vilões da DC na Crise nas Infinitas Terras, a saga que destruiu as múltiplas terras paralelas e unificou a cronologia de Superman e seus amigos. Mas o preço dessa unificação incluía tornar o Superman o único sobrevivente do planeta Krypton. Sem cachorros, sem gatos, sem cavalos, sem macacos... e sem prima. Por isso Kara tinha de morrer. Mas a prima do Superman não podia ter uma morte qualquer. Ela morreu salvando Kal-El do Antimonitor, em uma batalha titânica no Universo de Antimatéria, onde todos os heróis com exceção do Capitão Átomo tinham seus poderes reduzidos.
Supergirl com o visual que tinha em sua morte

Antes da série de televisão com Melissa Benoist, Supergirl foi interpretada no cinema pela atriz Helen Slater, no filme que tentava aproveitar o sucesso do Superman de Christoper Reeve.


Capa da adaptação oficial do filme Supergirl

Assim como ocorreu com a maioria das decisões tomadas durante a Crise nas Infinitas Terras, a morte da Supergirl foi ignorada e ela foi inserida novamente na cronologia da DC Comics. QUE BOM!

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